quarta-feira, 10 de março de 2010

eco de silêncio




Sou como folha

que cai e renasce.

Silenciosa,

Prudente.





Não sabes de mim.
Não conheces o pó
dos meus degraus;
Não conheces as cores
com que vejo.

E é por isto que não conheces a pressão das tuas palavras.
E esqueces-te
Que eu sei voar.

Voo como folha
Caio do cume da árvore
que me empurra.
Sem medo,
sem prudência,
mas em silêncio.

Grito debaixo do tapete,
palavras de uma cor que não vês.
Assim, sou vazio;
assim, apenas irás ouvir
o meu eco, no silêncio.

Acompanhar-te-à sempre,
Essa dormência que incomoda
Gritará palavras que não ouves
De cores invisíveis...
O eco de silêncio.

2 comentários:

  1. Mesmo sem saber de ti, tento descobrir-te nas palavras que não dizes.
    São assim as cores do silêncio, na folha em que voas...

    Que bom o vento ter-te trazido até ao meu Deserto ;-))

    ResponderEliminar
  2. Também comecei de novo porque não quis ser eco silencioso, boa sorte... para o que precisares... diferente ou igual a mim. Vou voltando, porque gosto de te ler.

    ResponderEliminar